sexta-feira, julho 29, 2005

Não tenho mais palavras

"Não tenho mais palavras.
Gastei-as a negar-te
(Só a negar-te eu pude combater
O terror de te
Ver em toda a parte.)

Fosse qual fosse o chão da caminhada,
Era certa a meu lado
A divina presença impertinente
Do teu vulto caladoe paciente...

E lutei, como luta um solitário
Quando alguém lhe perturba a solidão.
Fechado num ouriço de recusas,
Soltei a voz, arma que tu não usas,
Sempre silencioso na agressão.
..."
Miguel Torga

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este poema ultimamente ando mt por aki..virtualmente falando.. gosto dele :)

julho 28, 2005 9:49 da tarde  

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