domingo, junho 15, 2008

Eu e a hiperactividade

Eu também se só viesse de visita diria o mesmo:"Com ela não seria capaz de viver". Eu vivo, ou melhor, sobrevivo. Morar paredes meias com a hiperactividade requer paciência. A minha está nas doses finais. A hiperactividade a andar, a comer, a falar, a cozinhar ou até a pentear-se irrita-me. Fecho a porta e ponho a música bem alto. "Vês? Nem noto que estás cá". Só que sempre que pode, a hiperactividade tenta me fintar, a malandra. Ela sabe que às 5h30 da manhã, enquanto varre a casa como uma maluca, eu nunca porei a música aos berros. A hiperactividade está-me a ganhar aos pontos. A hiperactividade é que é anormal mas eu é que estou a dar em doida.

sexta-feira, junho 13, 2008


"…Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio tecto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver".

"Mar sem fim"- Amyr Klink