Em suspense

15 dias sem saber se fico ou se volto para o país do chá das cinco... Devem ser os 15 dias mais compridos da minha já longa vida.

Gosto pouco de dias decisivos. Daqueles dos quais depende o futuro da minha vida. O dia de amanhã será um deles. Gosto pouco desses dias porque não são flexíveis ao ponto de nos dizerem: "Acordaste mal disposta? Deixa lá, vens cá noutro dia." Não, estes dias não se compadecem com dores de cabeça ou faltas de apetite. Vai-se com a certeza de que tudo depende de ti e de alguma sorte. E, se um pouco de sorte estiver do teu lado, a tua vida segue em frente. Caso contrário, não há hipótese de uma segunda via, porque os dias não voltam atrás.

Serve este post

... para GRITAR AO MUNDO QUE ESTOU EM DOR, EM SOFRIMENTO, COM O MEU CORAÇÃO DESPEDAÇADO, já que não o posso fazer ao vivo e a cores.

Porque é que nem assim sinto alívio?

Berlim II

Lá estavam no aeroporto à minha espera como prometido. No início, o meu francês entalado la no fundo das minhas memórias, custou a sair. A vontade contudo de falar, de contar e de ouvir tudo o que se tinha passado naquele ano e meio de distância entre nós, tornou mais fluentes as palavras. Os sonhos e os pensamentos voltaram a ser em francês por três ou quatro dias.
A cumplicidade estava lá e a amizade também. Seriam as mesmas se em vez de ano e meio se tivesse apenas passado uma semana.
Ali, em Berlim, senti-me de novo em casa.

Berlim

Uma cidade moderna que conta uma história tão recente.